quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
TERRAS DE ALGODRES, UM SONHO PARA 2008
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Uma Noite de Natal nas Terras de Algodres
domingo, 16 de dezembro de 2007
As minhas Professoras Primárias
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
POR UM CONCELHO COM ROSTOS!!
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
PAISAGEM DE OUTONO EM FIGUEIRÓ DA GRANJA
Quem vai em direcção ao Rio Mondego por este caminhos íngremes (como eu o fazia frequentemente na minha infância), vislumbra este cenário maravilhoso que muitos turistas desejariam conhecer!
domingo, 2 de dezembro de 2007
Apostar no ser humano para ganhar o desenvolvimento
Eis mais uma das ruas da minha terra. Por ela, foram muitas as gerações que por lá passaram. Neste balcões, no Verão, era comum as pessoas sentarem para "apanharem a fresca". Na minha infância sentei-me muitas vezes nestas escadas, ouvindo histórias dos mais velhos. Eram momentos únicos: escutar aqueles que eu considero "bibliotecas vivas". Hoje, este ritual vai sendo ultrapassado pela TV e internet. Muitos destes seres humanos já não estão entre nós. Também eles tinham muitos sonhos, alguns dos quais não conseguiram realizar.
Quantas vezes esses sonhos foram castrados, só por causa do medo de arriscar, e de não acreditar!
Reflectindo acerca da sociedade e da personalidade das gentes das terras de Algodres, onde me incluo eu próprio, fico com a sensação que, por vezes, nós, devido ao contexto em que estamos inseridas, não acreditam nas potencialidade que possuimos. Considero que há toda uma cultura tão enraizada, com muitos anos que faz com que muitos se resignem à situação em que se encontram. À semelhança da Idade Média em que o nosso destino estava marcado por Deus de acordo com o berço e por isso não havia nada a fazer. Quem nasceu numa familia dita "nobre" será sempre vista como "o filho do Sr...." e não se olha se o mesmo é competente na profissão que exerce ou se é um cidadão exemplar perante os seus conterrâneos. O mesmo acontece relativamente ao que nasce num berço, cuja familia é considerada humilde. Este é visto como alguém que, à partida, esta limitado ao facto de ter nascido nesse berço e é sempre visto como alguém que jamais chegará longe.Daí, verificarmos que muitas dessas pessoas, fora da sua terra conseguem ser grande empreendedores e muito respeitados nas terras que os acolheram. Penso que é esta abertura que falta e acreditar que o mais importante é a pessoa que cada um é, independentemente da família ou da terra onde nasceu. Com o 25 de Abril, visava-se que este ideal de igualdade e acreditar na pessoa humana fosse uma realidade. Infelizmente, ainda há que levantar algumas barreiras. Até ao nível autárquico, há que sensibilizar as pessoas a acreditarem que são capazes de ter ideias novas e a avançar em projectos diferentes independentemente da família, dos estudos, da terra onde nasceu, etc.
O mesmo deve acontecer a quem escolhe a nossa terra para trabalhar ou a quem regressa depois de alguns anos fora da sua terra, um busca de melhores condições de vida. Estes trazem um potencial que deve ser aproveitado, acolhendo-os e aceitar as ideias novas que trazem consigo.
Num mundo global onde vivemos, cada vez as fronteiras são mais ténues. Nós devemos abrirmo-nos ao mundo com o que somos e acreditando em nós e nas nossas capacidades, independentemente da família, religião, raça, etc. Com o contributo de todos, teríamos uma terra mas desenvolvida.Há que passar de um Teocentrismo para um Antropocentrismo!
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