Figueiró
Minha aldeia linda,
Duma graça infinda
Que a todos seduz
Foi Deus
Que no seu amor
Te manchou de cor
Te inundou de luz!
De noite, se brilha a lua,
Adorável fantasia!
Parece que cada rua
Tem mais luz e alegria.
Reclinada docemente
Na encosta da colina
Olhas a serra de frente
Por entre o véu da neblina
Solitárias capelitas,
Sentinelas vigilantes,
São os olhos com que fitas
Os lugarejos distantes
São pobres os monumentos
Da nossa aldeia singela;
Mas nos nossos pensamentos
Não há outra como ela.
Tem foral, tem pelourinho
A atestar a sua nobreza
Tem o azeite, tem o vinho
Tem o pão da nossa mesa.
Por isso te quero tanto
Meu Figueiró adorado;
Quis em vida o teu encanto;
Na morte: teu chão sagrado!
Prof. Pinheiro Marques
Para que não se esqueça, aqui deixo o Hino de Figueiró da Granja. Neste texto poético podemos ver o amor do seu autor por esta bela freguesia. Este seria um óptimo texto a leccionar nas nossas escolas. Vejam-se os recursos estilísticos utilizados para expressar o sentimento por uma terra: Personificação, "Olhas a serra de frente"; Metáfora, "Solitárias capelitas,/Sentinelas vigilantes", etc.
Podemos ver, neste texto, uma bela pintura com palavras desta freguesia das Terras de Algodres!