quinta-feira, 15 de maio de 2008

O ASSOCIATIVISMO, UM COMPLEMENTO NA FORMAÇÃO ESCOLAR



Durante muitos anos, só tinham acesso a uma escolaridade média ou superior, aqueles que provinham de uma família abastada ou, quando isso não acontecia, para muitos o seminário era a solução. Hoje em dia, graças a democratização da nossa sociedade, verificamos que o acesso ao ensino está aberto a quem o desejar, havendo por isso uma maior verdade nas vocações e profissões que as pessoas abraçam. Graças a isso, nas nossas aldeias e vilas, a escolaridade básica e média está generalizada e são já alguns que surgem com as suas habilitações de índole superior.
Paralelamente à formação escolar, há uma outra vertente que complementa a formação da pessoa humana. Esse complemento é feito através da participação activa em movimentos, associações, clubes, grupos de música, etc. Na verdade, é também aqui que os pais devem apostar na formação dos seus educandos. Abrir-lhes as portas para colocarem ao serviço dos seus semelhantes as suas potencialidades e, ao mesmo tempo, receberem os contributos que os outros oferecem.
Nesta formação complementar, há entidades que não deverão fugir às suas responsabilidades, são as entidades oficiais (Governos, Câmaras, Juntas de freguesia, etc). Verificamos, algumas vezes, que para alguns políticos, atribuir este ou aquele subsídios acontece em função do número de votos que daí possam advir. Muitas vezes, o agir político é feito não em função das pessoas mas sim em função da carreira política pessoal. Os nosso governantes, quando atribuem subsídios, limitam-se a gerir o dinheiro que é de todos nós.
As poucas associações recreativas, culturais e desportivas existentes no nosso concelho possuem um papel importante no complemento da formação que os nossos jovens recebem em casa e na escola. Cada vez mais, é importante que elas mantenham a sua autonomia e não estejam ao serviço de outros interesses que não sejam, contribuir para a formação complementar da pessoa humana.

6 comentários:

Amaral disse...

João Paulo
Esse é o grande busílis da questão. "Ah deve-se fazer isto e aquilo, porque os nossos jovens, blá, blá...". Porém, quando é preciso dinheiro para apoiar esta ou aquela iniciativa, esta ou aquela instituição não há. Ou seja o princípio é positivo, mas a questãp fulcral é mal estruturada. Em vez de se semear hoje para se colher amanhã, não. Semeia-se, sim, mas ilusões. Assim, o país não anda, retrocede.
Bom fim-de-semana
Abraço

Anónimo disse...

O movimento associativo é fundamental para se atingir determinados propósitos. Estes movimentos, muitas vezes, substituem o poder, central ou local, e fazem "a obra" que deveria ser feita por estes.
Devem por isso ser acarinhadas e devidamente apoiadas.
Muitas vezes estes apoios só aparecem para as associações que não são mais do que meras extensões do poder, quase filiais dele, que lhe obedecem caninamente em detrimento de outras mais enérgicas e pujantes capazes de ir sempre mais além, muitas vezes agitando as águas que se encontravam estagnadas.

Al Cardoso disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

acho engraçado mais uma vez, como pessoas que nem residem em dita freguesia se acham no direito de denegrir quem tenta fazer algo por esta. Principalmente, não vejo iniciativa activa de tal pessoa que tanto sabe criticar mas que nada faz por uma terra que tanto anseia ser melhor.
cumprimentos

João Paulo Lopes Clemente disse...

Caro anónimo!
As circunstâncias da vida não permitem que eu viva actualmente na terra que me viu nascer. Todavia, nada nem ninguém me impede de colocar num espaço que é meu e de todos os que vierem por bem o meu sentir e o meu pensar acerca da terra que me viu nascer e onde eu já dei muito do meu tempo, muito do meu esforço e até algum do meu dinheiro aquando da minha passagem na Associação Recreativa e Cultural de Figueiró da Granja da qual fui um dos fundadores.
A LIBERDADE de expressão é uma vitória de todos aqueles que acreditam na democracia genuína e não numa democracia mascarada.Por isso, venha "a minha casa" (meu blog) sempre que desejar mas seja verdadeiro nos comentários que faz. Este blog é um dos meios que tenho de passar para o exterior tudo o que de bom existe em Terras de Algodres (este é o meu contributo actual) mas não ter receio de pensar pela minha cabeça e não ir a reboque do poder instalado.
Cumprimentos

Unknown disse...

Concordo com os comentários do amigo Luís. Já com o amigo anónimo, não posso concordar, independentemente, das pessoas residirem, ou não na freguesia, tem o direito á sua opinião. O residir-se na freguesia, não significa, que se tenha sempre a melhor opinião. Por vezes acontece precisamente o contrário.

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