Em Agosto, junto ao rio, a sonoridade da língua materna mistura-se com a língua irmã, o francês. Eram os emigrantes que regressavam à terra pátria e se refrescavam nas águas do rio da sua aldeia. Artur deu o seu mergulho. Nadou por entre o arvaredo que entretanto pairava sobre as águas. Um adolescente demonstrava as suas habilidades de nadador, perante as ninfas que regressavam todos os Verões à terra de pedras e penedos. Ao sair da água, Artur, ainda ausente do mundo, ouviu uma voz familiar:
- Com que então queres voltar a ter 15 anos!
Era o Ricardo, amigo de infância e que emigrara para França, pois o ordenado não lhe permitia fazer vida na sua terra.
- És tu, Ricardo? Os ares da Gália estão a fazer-te bem!- Disse Artur, estendendo a mão ao seu amigo .
- Trabalho muito, mas sou recompensado por uma liberdade interior e exterior que me permite ter este ar de quem não deve nada a ninguém.
Durante mais de uma hora, acompanhados de várias "minis"recordaram os seus tempos de infância; falaram de futebol, da família e da terra que os une que perguiçosamente teima em não caminhar.
1 comentário:
Nao ha duvida nenhuma que o maior prazer dos emigrantes como eu e encontrar-mo-nos com amigos de infancia que cada vez vao sendo menos, infelizmente!
Com umas minis ou no meu caso com um bom copo de vinho da regiao, que prefiro as primeirase uma das maiores alegrias!
um abraco dalgodrense a todos os emigrantes neste mes quente de agosto, mas tambem a todos os outros amigos leitores
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