Após o restauro da capela, foi feita uma cópia da imagem de Nossa Senhora da Copacabana que se encontra em lugar de destaque dentro daquela.
domingo, 27 de dezembro de 2009
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
A FONTE COMO PONTO DE ENCONTRO
"Descalça vai para a fonte
Leonor pela verdura;
Vai formosa, e não segura."
Desde os tempos mais antigos, a fonte foi sempre motivo de inspiração para os poetas. O grande Camões não foge à regra. Antigamente, a fonte era dos poucos pontos de encontro. Os rapazes e as raparigas utilizavam-no, a pretexto de irem buscar a água, para regarem a relação amorosa. Paralelamente, servia para as pessoas adultas colocarem a conversa em dia, conversando acerca da vida pessoal e alheia.
Na nossa terra, ainda vão existindo vários fontanários que em tempos idos também eles testemunharam o início de muitas relações amorosas e ouviram novidades que ocorriam na freguesia.
Hoje, estes espaços são locais sem vida mas que urge conservar e divulgar pois fazem parte do viver e do sentir de um povo.
Em Vila Chã, fotografei este belíssimo fontanário que, de certeza, também ele teria muito que contar acerca da vida da freguesia.
Já alguém se lembrou elaborar uma colecção de postais que divulgassem este tipo de património das Terras de Algodres?
domingo, 29 de novembro de 2009
HABITAÇÕES NECESSITAM DE RECUPERAÇÃO
Com a diminuição populacional em terras do interior, são muitas as casas que se vão degradando. Todavia, alguns particulares procuram contrariar, como foto documenta. Há muitas casas em pedra que vão caindo, por não haver uma política de apoio e incentivo à recuperação desses imóveis. O turismo rural é uma das saídas para algumas delas, proximamente divulgarei um desses exemplos.
Deveria haver apoio, quer ao nível do poder local quer ao nível do poder central, que ajudasse muitos que não têm condições para recuperar este tipo de habitações.
sábado, 21 de novembro de 2009
CORES E SENSAÇÕES OUTONAIS EM TERRAS DE ALGODRES
Quem visitar as Terras de Algodres nesta época, poderá deliciar-se com as belas paisagens que as mesmas oferecem. São postais magníficos os que se podem fazer a partir de momentos observados ao longo de um passeio nesta época. São muitos os que na estação de Inverno visitam a Serra da Estrela. A neve é um elemento chamativos. Todavia, nas vilas e freguesias limítrofes da serra mais alta de Portugal há espaços e paisagens ainda por explorar. Aqui ainda falta um grande investimento no turismo de aventura, complementado com mais oferta no âmbito da restauração.
sábado, 14 de novembro de 2009
BOM TRABALHO AUTÁRQUICO!
Numa altura em que os diversos eleitos para os orgãos autárquicos acabaram de tomar posse, há que desejar-lhes os maiores êxitos nesta "arte de servir" que deveria ser a política. Em democracia, "o povo é quem mais ordena". Dos novos executivos quer camarários quer das assembleias de freguesia espera-se a concretização das promessas feitas em tempo de eleições.
A oposição nos meios mais pequenos tem um papel muito importante. Há que ter coragem de denunciar o que de menos correcto acontece bem como propor ideias e projectos alternativos. Não é só em tempo de eleições que a discussão pública sobre o bem da comunidade se deve verificar.
Numa época em que os meios de comunicação são tantos, há que aproveitá-los para elogiar o que bem se faz mas ter também a coragem de denunciar e o que de menos bom ocorre.
domingo, 1 de novembro de 2009
REZAS DA NOSSA TERRA
RESPONSO PARA A PESSOA SE RESPONSAR A SI MESMO
(Casimira Fonseca, 86 anos, Matança, Fornos de Algodres)
Senhora,
Eu vou-me embora,
Vou para fora,
Rios, vales e montes encontrarei,
Os meus inimigos,
Sejam agravados e escondidos,
E a Senhora da Guia,
Vá na minha companhia,
O Anjo da Guarda,
Ao meu lado direito
A companhia que ele fez,
No ventre de sua Mãe,
Ma faça a mim também, até Jerusalém.
(Esta reza ou responso diz-se ao sair de casa para qualquer lado ou quando se faz uma viagem.)
PARA QUE O TEMPO NÃO AS ESQUEÇAS
ORAÇÃO A SANTA EUFÊMEA
(Maria da Sunção Campos, Matança, Fornos de Algodres)
Santa Eufêmia da Matança,
Do lugar da Fonte Fria,
Fazeis milagres de noite,
Fazei-os também de dia,
Levai este meu sinal (sinal, cravo...)
Para vossa companhia.
Reza-se um Pai Nosso e uma Avé Maria
(Casimira Fonseca, 86 anos, Matança, Fornos de Algodres)
Senhora,
Eu vou-me embora,
Vou para fora,
Rios, vales e montes encontrarei,
Os meus inimigos,
Sejam agravados e escondidos,
E a Senhora da Guia,
Vá na minha companhia,
O Anjo da Guarda,
Ao meu lado direito
A companhia que ele fez,
No ventre de sua Mãe,
Ma faça a mim também, até Jerusalém.
(Esta reza ou responso diz-se ao sair de casa para qualquer lado ou quando se faz uma viagem.)
PARA QUE O TEMPO NÃO AS ESQUEÇAS
(Maria da Sunção Campos, Matança, Fornos de Algodres)
Santa Eufêmia da Matança,
Do lugar da Fonte Fria,
Fazeis milagres de noite,
Fazei-os também de dia,
Levai este meu sinal (sinal, cravo...)
Para vossa companhia.
Reza-se um Pai Nosso e uma Avé Maria
domingo, 18 de outubro de 2009
A SEGUNDA-FEIRA DE FEIRA
"Amanhã é segunda-feira de feira?" Era muitas vezes esta a pergunta que se fazia quando a noite de domingo se aproximava. O fim-de-semana prolongava-se com a ida à feira na vila. É um dos poucos pontos de encontro para toda a comunidade do concelho de Fornos de Algodres.
Todo o ritual começava de manhã na "paragem das carreiras", como diziamos nós.
Inicialmente, de mão dada aos nossos pais, lá íamos nós! A subida até ao local da feira era um ritual que se fazia com prazer de 15 em 15 dias. As razões desta visita à feira estavam numas botas que ajudassem a passar o rigoroso Inverno; num casaco protector do frio; no pano para se mandarem fazer umas calças; ou simplesmente no gosto que os nossos pais tinham em mostrar o petiz que de feira para feira ia crescendo.
Com a adolescência e os primeiros anos de juventude acrescentavam-se outras motivações...
Agora, já adulto, vão rareando cada vez mais a visita a um dos poucos eventos que possibilita o encontro e criar laços entre todos os habitantes das Terras de Algodres.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
UM SONHO
Sonhei que a terra que me viu nascer, em 2009, era uma terra com futuro. As gentes da minha terra, onde eu me incluo, já não necessitam de partir em busca de melhores condições de vida. O Turismo passou a ser a grande fonte de rendimento do concelho. As pessoas começaram a reconstruir as casas paternas; os casais começam a fixar-se e as escolas primárias começam a reabrir. Uma escola profissional, entretanto abriu. Os nossos jovens têm uma outra alternativa na sua formação. As aldeias começam a ter vida, havendo uma convivência sã entre mais novos e mais velhos. Os usos e costumes antigos passam a fazer parte do programa cultural da Câmara. Em cada aldeia há uma associação recreativa e cultural e não só associações de carácter social. Ao longo do ano, estas associações relembram o viver e o sentir dos nossos antepassados. Os Ranchos Folclóricos e grupos musicais começam a ouvir-se e a fazer-se ouvir pelo país. As pessoas começam a acreditar nas suas capacidades para desenvolver a sua terra. Todos os palmos de terra são agora cultivados, dotados da melhor tecnologia. O vinho, o azeite e o queijo passaram a ser a triologia que se associa a uma gastronomia única.
A nossa terra é agora visitada por muitos turistas. Estes, agora, têm casas reconstruídas onde podem desfrutar das belas paisagens do nosso concelho. A Empresa fundada para dar vida às casas abandonadas, passou a ser fonte de receita para os cidadãos do meu concelho. Os turistas apreciam o pastar de rebanho e todo o cerimonial que o envolve. A ideia do meu amigo Albino concretizou-se: agora temos um parque temático sobre o queijo da serra e tudo o que o envolve. São vários os percursos pedestres que possibilitam usufruir das belas paisagens e dos monumentos que esta terra possui. No rio Mondego, fazem-se percursos de canoa. Como é saboroso ouvir as aves cantar, a brisa bater nas faces e sentir os cheiros!
Perante esta realidade, as pessoas são livres, pois têm o seu rendimento no final do mês. O seu emprego é agora fruto do seu empenho e não de um compadrio de qualquer índole. As eleições locais são agora momentos de festa e de convívio. As pessoas participam activamente na eleição dos seus representantes, respeitando aqueles que pensam de maneira diferente.
Acordei! O sonho era maravilhoso para estas terras e para as sua gentes!
Há que acreditar, pois "sempre que o homem sonha, o mundo pula e avança".
A nossa terra é agora visitada por muitos turistas. Estes, agora, têm casas reconstruídas onde podem desfrutar das belas paisagens do nosso concelho. A Empresa fundada para dar vida às casas abandonadas, passou a ser fonte de receita para os cidadãos do meu concelho. Os turistas apreciam o pastar de rebanho e todo o cerimonial que o envolve. A ideia do meu amigo Albino concretizou-se: agora temos um parque temático sobre o queijo da serra e tudo o que o envolve. São vários os percursos pedestres que possibilitam usufruir das belas paisagens e dos monumentos que esta terra possui. No rio Mondego, fazem-se percursos de canoa. Como é saboroso ouvir as aves cantar, a brisa bater nas faces e sentir os cheiros!
Perante esta realidade, as pessoas são livres, pois têm o seu rendimento no final do mês. O seu emprego é agora fruto do seu empenho e não de um compadrio de qualquer índole. As eleições locais são agora momentos de festa e de convívio. As pessoas participam activamente na eleição dos seus representantes, respeitando aqueles que pensam de maneira diferente.
Acordei! O sonho era maravilhoso para estas terras e para as sua gentes!
Há que acreditar, pois "sempre que o homem sonha, o mundo pula e avança".
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
UM HUMANISTA + UM ECONOMISTA= CONCELHO MAIS FELIZ E MAIS DESENVOLVIDO
Há alguns meses atrás, publiquei neste espaço este artigo. Numa altura em que os candidatos vão apresentando as suas propostas, aqui deixo a minha opinião acerca da terra que me viu nascer e que tenho sempre no coração.
Hoje, o concelho de Fornos de Algodres possui um conjunto estruturas públicas novas que poderiam e deveriam servir de motivação para o seu desenvolvimento. Graças ao poder central e com a respectiva pressão e colaboração do poder local, hoje Fornos possui um edifício de Tribunal, uma sede da GNR, um Centro de Saúde, um Escola EB2/3, um edifício da Câmara renovado, um Centro Cultural, uma central de camionagem (em construção) praticamente novos.
De facto pode-se possuir tudo isto, mas se não se investe no ser humano local, de pouco servem estes organismos. Há que valorizar cada cidadão, começando por aqueles que mais necessitam. Há que Motivá-lo. Há que sensibilizá-lo para a importância que cada um possui na construção da sua terra e não lembrar-se deles só em épocas eleitorais. Hoje, os líderes locais, para além de "fazer coisas" deveriam ter este papel fundamental motivar para construir.
Quando o Homem passou a ser o centro de todas as coisa, antropocentrismo, os países e as regiões progrediram e marcaram positivamente uma época. Veja-se a época dos descobrimentos.
Também hoje há que passar de um "teocentrismo local" para um "antropocentrismo local!"
Provavelmente, hoje o concelho de Fornos de Algodres necessita de um grande Humanista a liderar o poder local, ladeado por um bom economista.
De facto pode-se possuir tudo isto, mas se não se investe no ser humano local, de pouco servem estes organismos. Há que valorizar cada cidadão, começando por aqueles que mais necessitam. Há que Motivá-lo. Há que sensibilizá-lo para a importância que cada um possui na construção da sua terra e não lembrar-se deles só em épocas eleitorais. Hoje, os líderes locais, para além de "fazer coisas" deveriam ter este papel fundamental motivar para construir.
Quando o Homem passou a ser o centro de todas as coisa, antropocentrismo, os países e as regiões progrediram e marcaram positivamente uma época. Veja-se a época dos descobrimentos.
Também hoje há que passar de um "teocentrismo local" para um "antropocentrismo local!"
Provavelmente, hoje o concelho de Fornos de Algodres necessita de um grande Humanista a liderar o poder local, ladeado por um bom economista.
sábado, 26 de setembro de 2009
O PELOURINHO DE FIGUEIRÓ DA GRANJA
É do século XVI, tipo manuelino.
Uma coluna octogonal de granito emerge dum pedestal ou plataforma de 4 degraus de cantaria grossa, também de sector octogonal, onde se firma. O fuste tem 3 metros de altura.
Sobre o fuste, como ornato, um segundo corpo, bem ajustado, alargar-se em losango, ao qual está amarrado por uma corda o escudo manuelino com as quinas, também emoldurado por uma corda rebordante.
Servindo de pináculo ou remate, a esfera armilar.
Não apresenta vestígios de argolas nem de correntes de ferro.
In Terras de Algodres, Mons. Pinheiro Marques
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
UMA TERRA NECESSITA DE REFERÊNCIAS
O novo ano escolar começou. Para mim, é uma nova experiência, pois irei leccionar numa nova escola onde se dá uma grande importância ao patrono da mesma. Alguém que contribuiu de certa maneira para o bem comum da sua terra. Inclusivamente, há um dia por ano em que há um conjunto de actividades que visam homenagear o patrono da escola.
Considero que seria importante que Fornos de Algodres homenageasse também aqueles que de alguma forma se distinguiram e contribuiram para o bem comum das Terras de Agodres. Os nossos jovens necessitam de referências locais.
Numa época em que o vazio parece querer assaltar-nos, há que referenciar aqueles que tiveram um vida preenchida na dedicação à sua terra.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
OS CANDIDATOS À CÂMARA MUNICIPAL DE FORNOS DE ALGODRES
"Candidatos:
José Miranda (PSD) - "Não desistimos. A obra está à vista"
António José Rocha (PS) - "Acordar o concelho, salvá-lo da situação de falência em que se encontra e melhorar a vida das pessoas. Este é o caminho relacionado com o slogan ´acordar para salvar e melhorar"
Maria João Vasconcelos (CDS-PP)
Joaquim Almeida (CDU)
População: 5237
Densidade populacional: 40,44
Nº Freguesias: 16
Nº Eleitores: 5489
Nº Licenciados: 310
Indicativo económico: 0,028124"
José Miranda (PSD) - "Não desistimos. A obra está à vista"
António José Rocha (PS) - "Acordar o concelho, salvá-lo da situação de falência em que se encontra e melhorar a vida das pessoas. Este é o caminho relacionado com o slogan ´acordar para salvar e melhorar"
Maria João Vasconcelos (CDS-PP)
Joaquim Almeida (CDU)
População: 5237
Densidade populacional: 40,44
Nº Freguesias: 16
Nº Eleitores: 5489
Nº Licenciados: 310
Indicativo económico: 0,028124"
In Diário de Notícias
sábado, 22 de agosto de 2009
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
O REENCONTRO
Em Agosto, junto ao rio, a sonoridade da língua materna mistura-se com a língua irmã, o francês. Eram os emigrantes que regressavam à terra pátria e se refrescavam nas águas do rio da sua aldeia. Artur deu o seu mergulho. Nadou por entre o arvaredo que entretanto pairava sobre as águas. Um adolescente demonstrava as suas habilidades de nadador, perante as ninfas que regressavam todos os Verões à terra de pedras e penedos. Ao sair da água, Artur, ainda ausente do mundo, ouviu uma voz familiar:
- Com que então queres voltar a ter 15 anos!
Era o Ricardo, amigo de infância e que emigrara para França, pois o ordenado não lhe permitia fazer vida na sua terra.
- És tu, Ricardo? Os ares da Gália estão a fazer-te bem!- Disse Artur, estendendo a mão ao seu amigo .
- Trabalho muito, mas sou recompensado por uma liberdade interior e exterior que me permite ter este ar de quem não deve nada a ninguém.
Durante mais de uma hora, acompanhados de várias "minis"recordaram os seus tempos de infância; falaram de futebol, da família e da terra que os une que perguiçosamente teima em não caminhar.
sábado, 25 de julho de 2009
PENSAR O ASSOCIATIVISMO
Num tempo em que o associativismo vai esmorecendo nas nossas terras, há que reflectir acerca das causas desse fenómeno.
Podemos encontrar várias razões. Uma delas prende-se com a necessidade de muitos jovens terem de partir em busca de melhores condições de vida , o que leva a que muitos que poderiam e deveriam dar o seu contributo para o "bem comum", através do associativismo não o possam fazer.
Uma outra razão é o facto de não se dar o devido reconhecimento a todos aqueles que dispensam muito do seu tempo quer pelo desporto, quer pela cultura local.
Quantas associações e respectivos dirigentes, no dia do município por exemplo, foram distinguidos publicamente pelo trabalho realizado em prole do associativismo local?
Há alguns anos atrás (+-10 anos), enquanto membro da direcção da Associação Recreativa e Cultural de Figueiró da Granja, lembro-me ter participado num encontro promovido pela Câmara, sobre esta problemática. Houve efeitos práticos desse encontro? Os grupos de música popular, os ranchos, as actividades que demonstram o viver e o sentir deste povo são uma realidade na nossa terra?
As Jornadas Recreativas e Culturais de Figueiró da Granja que se realizaram, bem como a Feira anual de Santiago - Festa do Peixinho do Rio são dos pouco eventos com potencial de levar além fronteiras a nossa terra e as suas gentes. Não esquecendo, como é evidente, o papel importante da Associação Desportiva de Fornos que tem levado o nome deste concelho por toda a região centro.
domingo, 19 de julho de 2009
AS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS 2009
Numa altura em que as movimentações políticas estão um rubro para a constituição das listas de candidatos à Câmara Municipal e Juntas de freguesia, faço votos para que haja listas com vários projectos, de modo a que o eleitorado possa ter mais que uma opção. Numa democracia sadia, há que respeitar as opções de cada um. Espero que sejam eleitos os melhores para levarem a bom porto a difícil tarefa de governar um município cada vez mais desertificado, onde as o associativismo vai sendo cada vez mais diminuto.
Que a verdadeira liberdade de expressão que depois se materializa em voto seja uma realidade.
Numa altura em que a imagem dos políticos, em termos gerais, não é a melhor, espero, sinceramente, que no final do acto eleitoral, possamos dizer que a genuína democracia funcionou.
terça-feira, 14 de julho de 2009
A ARTE DA PINTURA NA NOSSA TERRA
sábado, 4 de julho de 2009
Há 10 anos foi assim...
O que é feito desta juventude que há 10 anos organizou e participou nas Férias Desportivas no Seminário de Fornos de Algodres, bem como nas diversas actividades da Associação Recreativa e Cultural de Figueiró da Granja?Provavelmente, alguns já constituiram família e muitos já entraram no mundo laboral. Outros continuam com vontade de não deixar morrer o movimento associativo, conforme se constata num dos comentários do Rui Furtado num artigo sobre o associativismo juvenil.
Estes foram tempos de amizade e unidade juvenil em Figueiró da Granja.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
ONDE FICAR?
Em tempo de férias, são muitos os que vão passando pelo nosso concelho, deparando-se muitas vezes com dificuldades em arranjar alojamento que os satisfaça. Como consequência, são os concelhos vizinhos e as cidades de Viseu e Guarda que ficam a ganhar. O projecto do hotel para a Serra da Esgalhada poderia dar alguma resposta à questão colocada. Para quando a sua inauguração? A recuperação de casas antigas que muitos particulares vão começando a fazer poderia ser uma alternativa, levando o turista a entrar habitat das gentes de Terras de Algodres. Para que isso aconteça, como já referir em post anterior, seria importante a constituição de uma empresa que divulgasse e gerasse motivos de interesse aos que nos visitam.
Há que continuar a sonhar, pois ele "comanda a vida".
domingo, 21 de junho de 2009
OS JOVENS DO INTERIOR E A DEFESA DO PATRIMÓNIO
As férias escolares já começaram para alguns. Como vão ocupar estes tempos livres os jovens do interior? Há programas ocupacionais promovidos pelas autarquias e associações? Recordo que faz agora (Julho) 21 anos que se iniciaram as escavações no Castro de Santiago. Com os meus 19 anitos, tive a oportunidade de conviver e trocar experiências com jovens oriúndos de vários localidades nacionais e estrangeiras nas primeiras escavações no Castro de Santiago, lideradas pelo Dr. Valera. Esta actividade foi deveras interessante pois deu-me a possibilidade de trabalhar um pouco o nosso património e trocar experiências com jovens, possuidores de vivências diferenciadas. Hoje, não tenho conhecimento se este tipo de actividades continuam a ser levadas à prática no nosso concelho! Espero que sim, pois aquelas permitem aos jovens locais criar laços com o nosso património e divulgá-lo.
Há que apostar nos jovens para não deixar morrer a herança que nos legaram!
segunda-feira, 15 de junho de 2009
TEXTOS DE TRADIÇÃO ORAL EM TERRAS DE ALGODRES
Os textos de tradição oral fazem parte do património de uma terra. Com o desaparecimento dos mais velhas, há sempre o receio de perder este vasto património: contos tradicionais, lendas, provérbios, etc.
No âmbito do ensino recorrente, há alguns anos atrás, foi feita uma recolha deste género de textos. Eis pois uma lenda contada pela Sra. Maria da Conceição Marques, Fornos de algodres.
Lenda das Alminhas de Algodres
No âmbito do ensino recorrente, há alguns anos atrás, foi feita uma recolha deste género de textos. Eis pois uma lenda contada pela Sra. Maria da Conceição Marques, Fornos de algodres.
Lenda das Alminhas de Algodres
Na povoação de Algodres, existem umas alminhas, num determinado sítio do caminho do Pião, nome dado a esse lugar.
Estas alminhas têm uma lenda que tem sido transmitida de geração em geração.
Diz essa lenda que quando os franceses invadiram esta povoação, os habitantes se esconderam num sítio chamado Lapa da Negra, que fica no caminho da Barroca, lugar escarpado e rochosos de Algodres, que era uma defesa natural das gentes deste povoado em tempos de guerra.
Os franceses estavam em cima no Comborço, lugar alto de Algodres, donde se avista uma grande parte do concelho e outros limítrofes.
Então chegou àquele sítio um português que disse:
- Vinde que os francesitos já se foram embora!
Eles estavam escondidos no Comborço, deram-lhe um tiro e mataram-no.
Mais tarde os habitantes deste povoado, em homenagem ao português, morto a tiro, mandaram-lhe fazer aquelas alminhas.
Ainda hoje, toda a gente que lá passa reza em homenagem àquele morto.
domingo, 7 de junho de 2009
O BAILARICO
No largo das duas carvalhas que fazia ligação à capela de Santa Apolónia, realizava-se o bailarico. O conjunto "Pop Five" dava os primeiros acordes e logo o o Sr. Francisco e a D. Rosalina abriam o baile. Este era um casal já perto dos 70 anos e nestas ocasiões faziam ver aos mais novos. O bar há muito que se encontrava aberto para saciar a sede aos forasteiros e não só. O Aventoínha, alcunho dado pelo povo pelo facto deste, quando com um copito bailar sempre à roda de si mesmo, passava grande parte da noite pagando "rodadas" a quantos iam aparecendo. Solteirão, matava a solidão com um, melhor muitos copos de vinho, o que fazia com que o seu aspecto parecesse um homem de 60 anos. Fruto de um amor não correspondido passou ter por companhia o álcool.
Os emigrante conversavam das suas aventuras em terras distantes.
sábado, 30 de maio de 2009
UM "SE" QUE FAZ TODA A DIFERENÇA EM POLÍTICA!
Num ano em que se realizam as eleições para os diferentes orgãos, urge colocar a seguinte questão: "O que é a Política hoje?" Terá como resposta a definição romântica de ser a "arte de servir" ou deverá acrescentar-se o pronome "se", "A arte de se servir"? Marcelo Rebelo de Sousa, numa conferência em Tondela, apontava para este facto de que quem abraçar a política com base na primeira definição, grande parte das vezes, sairá da mesma com os mesmos ou até menos bens materiais. Quem considerar a segunda, constata-se que sai-se da política cada vez mais rico. Qual a que está em vigor nos nossos dias?
segunda-feira, 25 de maio de 2009
A LOJA DA SRA. ARMINDINHA
Uma terra faz-se essencialmente de pessoas. São elas a alma de uma comunidade. Há algumas que devido à sua actividade lidam mais de perto com outras e os seus locais de trabalho tornam-se também espaços de encontro. A loja da Sra. Armindinha era um desses locais. Conforme expressou o amigo Marco Paulo, faleceu na passada semana a Sra. Armindinha e com ela desapareceu também um dos locais mais rústicos: uma mercearia à antiga. Aqui havia de tudo. Na minha infância, recordo o deliciosos pão de Frexes que ela vendia na sua mercearia. Era uma local que servia também de troca de ideias acerca da vida da comunidade.
A lei da vida faz com que pessoas que fizeram parte da nossa infância partam e com elas um pouco da história de uma freguesia.
Este espaço visa também ser um contributo para o não esquecimento de pessoas e lugares que fazem parte da nossa história local.
domingo, 17 de maio de 2009
AFECTIVIDADE, HUMANIDADE E ESPIRITUALIDADE
Ao subir as íngremes encostas, Artur encontrava outros a quem saudava com um "Bom dia" que era retribuído, pelos mais velhos com um "venha com Deus". De facto, o Deus da alegria, para quem o sofrimento não era a razão definitiva de viver, era experienciado por Artur.
Artur nascera numa famíla onde os afectos tinham um lugar fundamental na formação do indivíduo. A humanidade, recheada pelos valores que Jesus Cristo trouxera à terra: amor, verdade, liberdade, solidariedade tornavam-no num ser equilibrado e feliz. Primeiramente a Humanidade e depois a espiritualidade, a religião. Numa Terra onde o Pe. Jorge pregava uma religião de um Deus que castiga, que considerava prioritário a ida à missa, secundada por uma ajuda ao próximo, fazia com que Artur entrasse em conflito a mentalidade da maior parte dos seus conterrâneos.
Artur nascera numa famíla onde os afectos tinham um lugar fundamental na formação do indivíduo. A humanidade, recheada pelos valores que Jesus Cristo trouxera à terra: amor, verdade, liberdade, solidariedade tornavam-no num ser equilibrado e feliz. Primeiramente a Humanidade e depois a espiritualidade, a religião. Numa Terra onde o Pe. Jorge pregava uma religião de um Deus que castiga, que considerava prioritário a ida à missa, secundada por uma ajuda ao próximo, fazia com que Artur entrasse em conflito a mentalidade da maior parte dos seus conterrâneos.
sábado, 9 de maio de 2009
A ARTE E O SAGRADO
Dentro da esplêndida igreja paroquial de Figueiró da Granja, podemos encontrar o altar de Nossa Senhora do Rosário.
Neste mês dedicado a Nossa Senhora, eis pois a imagem de Nossa Senhora envolvida numa belíssima talha dourada que na nossa infância, enquanto o Sr. Abade falava, nos fazia sonhar e nos transpunha para um local de paz e tranquilidade onde os valores da unidade, amizade e fraternidade eram uma realidade.
domingo, 3 de maio de 2009
"Moradores do Interior entre os mais endividados": Verdade ou Mentira?
Apesar de distante fisicamente da minha terra natal, através dos meios de comunicação social, procuro estar a par de tudo o que lá acontece. Numa das edições do Jornal "Expresso" surgiu uma notícia intitulada "Moradores do Interior entre os mais endividados" que presumo não ser muito rigorosa, devido ao exagero, no que concerne às dívidas que grande parte das nossas autarquias têm, onde se referencia o município de Fornos de Algodres. Haverá alguma verdade nos números apresentados? A ser verdade, haverá justificações válidas para que tal aconteça!
Cada habitante do concelho de Fornos de Algodres devia, em 2007, quase 6.100 euros, um valor que coloca o município na liderança do "ranking" dos 35 com maior passivo exigível (dívida) por pessoa. Em Celorico da Beira e Fundão, que também aparecem na lista, por exemplo, cada munícipe devia perto de 2.100 euros e em Seia e na Covilhã o valor ronda os 1.700.
Segundo o último Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, só na região da Cova da Beira são quatro os concelhos que aparecem na lista dos mais endividados, os mesmos que
constavam no estudo refererente a 2006.
A Covilhã, antes em 15º lugar, é agora 9ª com quase 87 milhões de euros de passivo, enquanto o Fundão passou do 20º lugar para o 16º (66 milhões) e Seia (48 milhões) e Guarda (47 milhões) avançaram uma posição cada, classificando-se em 29º e 30º, respectivamente.
No total, os 35 municípios mais endividados do país representam, em conjunto, 53,5 por cento do total das dívidas das 308 autarquias existentes.
in Jornal Expresso
segunda-feira, 27 de abril de 2009
O OUTRO LADO DA SERRA
Em tempo de Primavera, aqui deixo um "postal", tirado recentemente em "Terras de Algodres". Na verdade, estas paisagens deslumbrantes, tendo a Serra da Estrela como pano de fundo, é algo que há que divulgar e rentabilizar.
Aqui deixo o meu modesto contributo na sua divulgação.
Visitem o outro lado da Serra e desfrutem das belas paisagens das Terras de Algodres e não só...
segunda-feira, 20 de abril de 2009
QUE FUTURO PARA AS ASSOCIAÇÕES DE CARÁCTER JUVENIL?
Numa terra onde há cada vez menos jovens, urge saber o que tem sido feito quer pelo poder central quer local, para que estes poucos permaneçam e tenham uma vida associativa similar à dos que habitam no litoral. Como se pode verificar através do prémio Montepio, atribuído à escola EB2,3/Sec. de Fornos de Algodres, há potencial em Terras de Algodres. Os jovens do interior não têm menos capacidades e potencialidades que os restantes!O modo de organizar a vida associativa é que terá de ser diferente. Hoje, uma associação com este cariz não se justifica em todas as freguesias. Provavelmente, esta ideia é utópica, mas considero que se deve caminhar para a formação de associações que envolvam várias freguesias, com quem a Câmara e outras entidades deveriam fazer protocolos de acordo com o Plano de Actividades das mesmas e solicitar um relatório no final de cada ano. Para se caminhar por aqui, a escola deveriam ter um papel fundamental para fazer pontes entre os vários jovens das freguesias. Talvez ainda estejamos muito longe para chegar até aqui mas considero que num cenário actual o futuro das associações de carácter juvenil em terras do interior tem sofrer algumas mutações devido à especificidade dos seus objectivos.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
QUINTA DAS COURELAS E O PASSEIO POR TERRAS DE ALGODRES
Na passada quarta-feira, na companhia da minha família, tive a possibilidade de apreciar as belas paisagens que a Quinta das Courelas proporciona e degustar um óptimo almoço na "Tasca Serrana", restaurante inserido na Quinta das Courelas. Este é um dos investimentos que passou a ser uma marca em Terras de Algodres.
Numa época em que cada vez é mais arriscado investir no interior, há que referenciar a pessoa do Sr. Paulo Menano que ousou fazê-lo.
Numa época em que cada vez é mais arriscado investir no interior, há que referenciar a pessoa do Sr. Paulo Menano que ousou fazê-lo.
Após uma visita por alguns locais da vila, subimos à Serra da Esgalhada, local bastante aprazível! Seguimos em direcção a Infias onde visitámos a igreja paroquial. Seguidamente, passámos por Algodres, onde se respira história, destacando-se o Pelourinho e a Igreja da Misericórdia. Cortiçô e Vila Chã foram as freguesias que percorremos antes de regressarmos ao ponto de partida, Figueiró da Granja.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
UMA SANTA E FELIZ PÁSCOA 2009
sexta-feira, 3 de abril de 2009
O DOMINGO DE RAMOS
No Domingo de Ramos não se vai à horta buscar nem se come hortaliça, porque seria seria comer ou trazer lagartas para casa todo o ano.
Neste dia toda a gente leva à igreja um ramo ou uma gebela, maior ou menor, de loureiro, oliveira e alecrim, a fim de serem benzidos, para se irem queimando em casa pelo ano fora, em dias de trovoada, e para com eles se confeccionarem as cruzes que se hão-de colocar em sítio bem alto nas fazendas, em dia de Santa Cruz, também com o fim de as protegerem contra raios, coriscos e inundações.
Os homens vigorosos metem-se em brios e procura cada qual suplantar os outros apresentando um grande loureiro, mesmo a árvore completa, muito grande, o maior possível, acontecendo, às vezes, levarem-nas tão grandes, que não cabem na porta nem na abóbada do templo.
In Terras de Algodres
Mons. Pinheiros Marques
domingo, 29 de março de 2009
A "BLOGOMANIA", UMA FORMA DE DIVULGAR E PENSAR AS TERRAS DE ALGODRES
Num mundo em que a comunicação passou a ter um papel fundamental nas sociedades, resultando daí o seu desenvolvimento, urge dotar as nossas terra de meios que permitam, aos seus habitantes e a todos os que têm alguma ligação com as mesmas, opinarinem acerca da sua realidade política, social, religiosa, cultural, etc.
Esta forma de comunicação, através de Blogs, em algumas localidades, tornou-se já um meio, através do qual as pessoas têm possibilidade de dar a sua opinião cerca do viver e do sentir da sua terra. O Blog de Forninhos é pois um exemplo onde se constata esta troca democrática de opiniões, acerca do que se passa na terra que todos gostam, independentemente de viverem actualmente na mesma.
No nosso concelho, vão sendo raros ainda estes espaços de opinião. Para além do Blog "Aqui d'Algodres" e do meu modesto contributo através deste espaço, vão sendo ainda muito poucos. Seria bom que os jovens locais, mais dados à novas tecnologias, se interessassem por esta forma de comunicaçaõ de modo a darem a conhecer a nossa terra e a darem a sua visão da realidade que os circunda!
domingo, 22 de março de 2009
A ÁGUA E OS LIMITES DE FIGUEIRÓ DA GRANJA
No dia em que se comemora o Dia Mundial da água, eis como Mons. Pinheiro Marques nos fala deste recurso, como meio de delimitar as terras e neste caso a freguesia de Figueiró da Granja:
"O limite de Figueiró tem a forma de um triângulo e é dos mais belos e ricos deste região de Algodres.
É cortada por cinco correntes de água, que lhe fertilizam as várzeas, a saber: a Ribeira da Cortegaça, que vem do concelho de Trancoso e rega com suas levadas as várzeas do mesmo nome; o Ribeiro do Relão ou da Fonte Arcada, ou da Musga, que tem princípio no sítio da Figueirinhas, em Vila Chã, e entra no Mondego pelo vale do Juncal; o Ribeiro da Fonte ou do Carpinteiro que fertiliza todo o vale de S. Silvestre e Colhereiro até ao Malreza; a Ribeira de Cortiçô, que os de Fornos de Algodres chamam Ribeira de Figueiró e vai desaguar ao Mondego no sítio da Cêrca; e finalmente o caudaloso e cachoante Mondego que rompe, comímpeto e fúria, pr cima das rochas e dos açudes, escavando o seu leito entre os fraguedos ásperos do Valcovo e das Ladeiras."
In "Terras de Algodres"
Mons. Pinheiro Marques
domingo, 15 de março de 2009
UMA RADIOGRAFIA AO ASSOCIATIVISMO EM TERRAS DE ALGODRES - CARIZ SOCIAL
No passado sábado estive na minha terra natal, Figueiró da Granja. Ao balcão do café encontrei o Ricardo que já não via há algum tempo, desde o tempo em que pertencia aos orgãos sociais da Associação recreativa e Cultural de Figueiró da Granja. O mesmo jogava nas camadas jovens da referida associação e colaborava muito na vida da mesma! Como o tempo passa rapidamente!
Como é próprio das crónicas, um acontecimento banal pode levar-nos a explorar um tema do interesse da comunidade local. Neste caso, levou-me a questionar o modo como se encontra a vida associativa do concelho de Fornos de Algodres na sua vertente social, cultural e desportiva.
Gostaria de colocar em debate este tema, abordando neste post as associações de carácter social. Qual a sua importância num concelho do interior? As associações existentes conseguem dar resposta a todas as solicitações e necessidade do concelho? Quais as suas maiores dificuldades? Têm tido todo o apoio quer ao nível do poder local quer do central? A contratação do pessoal é feita de uma forma justa e transparente? Para além de dar resposta às necessidades básicas, há outras valências que permitem dar igualmente um bem estar psicológico aos seus utentes? Estes sentem-se felizes com o apoio que lhes é dado? O que se poderia fazer melhor?
Como tem havido alguma participação neste meu espaço, ousei lançar mais uma vez um debate que se pretende construtivo, nesta questão concreta do associativismo, mais especificamente o que abrange a vertente social.
domingo, 8 de março de 2009
PADRE ANTÓNIO MARQUES CLEMENTE, UM AMIGO QUE PARTIU HÁ 16 ANOS
No passado dia 1 de Março, passou mais um aniversário da morte do saudoso Padre António Marques Clemente, meu tio e padrinho.
Tendo já destacado neste espaço pessoas naturais das Terras de Algodres, queria hoje lembrar alguém que pelo seu exemplo de humildade e humanidade me marcou especialmente, o Pe. Clemente. Se há sacerdotes que viveram e vivem plenamente a sua vocação, estou certo que ele foi um deles. Recordo a sua capacidade de fomentar a unidade entre as pessoas, tratando a todos de igual modo, não fazendo diferenciações de qualquer índole (estatuto social, político, etc.)
Tendo já destacado neste espaço pessoas naturais das Terras de Algodres, queria hoje lembrar alguém que pelo seu exemplo de humildade e humanidade me marcou especialmente, o Pe. Clemente. Se há sacerdotes que viveram e vivem plenamente a sua vocação, estou certo que ele foi um deles. Recordo a sua capacidade de fomentar a unidade entre as pessoas, tratando a todos de igual modo, não fazendo diferenciações de qualquer índole (estatuto social, político, etc.)
Nas paróquias por onde passou, Pinheiro de Lafões, Penaverde e Queiriz chegavam-me ecos da sua bondade, o que não era novidade para mim. No seminário de Fornos, onde esteve até ao final dos seus dias, tive a oportunidade de comprovar isso.
Durante os últimos anos, foi ainda capelão da igreja da Misericórdia onde celebrava missa todos os domingos, sempre com a igreja cheia de gente. O provedor, O Sr. Paulo Menano de quem era muito amigo levava-o e trazia-o quer para Figueiró quer para o Seminário. Também ele amava sua terra e as suas gentes. Para com todos, ele tinha sempre uma palavra amiga!
Pe. António Marques Clemente, um humanista que cultivava a amizade.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
NOVOS ELEMENTOS NO CAMINHO PARA SANTIAGO (CASTRO DE FIGUEIRÓ DA GRANJA)
Por sugestão de alguns leitores do meu blog que me alertaram para algumas alterações que estavam a ser feitas ao longo do percurso até ao cimo do Castro de Santiago, resolvi informar esse facto e "ouvir" opiniões acerca desta nova realidade.
Assim, quem hoje fizer o percurso até ao cimo do Castro de Santiago vai observando que foram colocadas "alminhas" oriundas de outros locais da povoação, alternadas com cruzes que presumo ser um percurso da Via-sacra que termina na encosta do castro com um conjunto de 3 cruzes.
Assim, quem hoje fizer o percurso até ao cimo do Castro de Santiago vai observando que foram colocadas "alminhas" oriundas de outros locais da povoação, alternadas com cruzes que presumo ser um percurso da Via-sacra que termina na encosta do castro com um conjunto de 3 cruzes.
Estas alterações são positivas?
Houve um estudo acerca da contextualização desses novos elementos num Castro?
Este espaço renovado trará mais gente ao Castro de Santiago?
Que outros projectos poderiam ser feitos para valorizar o castro?
Gostariam de ouvir as opiniões (positivas ou negativas) de todos aqueles que gostam desta terra e conhecem o Castro de Santiago, local importantíssimo na história de Figueiró da Granja, bem como pessoas ligadas à arqueologia.
domingo, 15 de fevereiro de 2009
A LENDA DO QUEIJO DA SERRA
Conta-se que, andava um dia um pastor na Serra da Estrela mais as suas ovelhas e passou por ele um outro rebanho conduzido por uma linda pastora.
Encantado, pôs-se a segui-la de longe e assim andou todo o dia. Quando a noite chegou, deu conta que tinha perdido o odre de leite.
Depois de procurá-lo durante os três dias seguintes, encontrou-o. Ao abri-lo, reparou que o leite se havia transformado numa espécie de massa branca coberta por um líquido amarelado.
cauteloso, provou um pouco daquela massa e gostou.
Assim nasceu o famoso Queijo da Serra da Estrela, o melhor queijo do mundo!
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
O "ANTROPOCENTRISMO LOCAL"
Hoje, o concelho de Fornos de Algodres possui um conjunto estruturas públicas novas que poderiam e deveriam servir de motivação para o seu desenvolvimento. Graças ao poder central e com a respectiva pressão e colaboração do poder local, hoje Fornos possui um edifício de Tribunal, uma sede da GNR, um Centro de Saúde, um Escola EB2/3, um edifício da Câmara renovado, um Centro Cultural, uma central de camionagem (em construção) praticamente novos.
De facto pode-se possuir tudo isto, mas se não se investe no ser humano local, de pouco servem estes organismos. Há que valorizar cada cidadão, começando por aqueles que mais necessitam. Há que Motivá-lo. Há que sensibilizá-lo para a importância que cada um possui na construção da sua terra e não lembrar-se deles só em épocas eleitorais. Hoje, os líderes locais, para além de "fazer coisas" deveriam ter este papel fundamental motivar para construir.
Quando o Homem passou a ser o centro de todas as coisa, antropocentrismo, os países e as regiões progrediram e marcaram positivamente uma época. Veja-se a época dos descobrimentos.
Também hoje há que passar de um "teocentrismo local" para um "antropocentrismo local!"
Provavelmente, hoje o concelho de Fornos de Algodres necessita de um grande Humanista a liderar o poder local, ladeado por um bom economista.
domingo, 1 de fevereiro de 2009
O PODER INSTALADO
No largo da aldeia existia a taberna do Tio Zé. Era um local com um grande balcão em madeira, coberto por uma tira de mármore. As mesas, em feitío de um pipo, tornavam aquele espaço romântico, ou melhor, pré-romântico. Raro era o dia em que não havia um joguito de sueca. Por vezes, o jogo era de tal modo vivido, complementado pelos copos, provocava algumas zaragatas entre os ilustres jogadores.
Naquela noite, encontrava-se Artur a conversar com o José Pedro e o Lucas, emigrante em França. Os temas das conversas eram sobre futebol, política e as novidades que entretanto iam surgindo na aldeia. O aproximar das eleições, torna o tema das autárquicas de uma actualidade extrema. A determinada altura diz o Artur:
-Quase nem era necessário haver eleições... Já todos sabem quem vai ganhar!
-Infelizmente, falta gente de coragem para enfrentar o poder instalado... -retorquiu o amigo José Pedro.
-Em França, verifica-se uma rotação nos executivos do poder local. -disse o emigrante.
- Como consequência, o país é mais desenvolvido que o nosso!- Cocnluiu Artur.
-Tens razão. Mas, porque não arranjas uma equipa e te candidatas, Artur?- desafiou o emigrante.
-Terias todo o meu apoio.-Concluiu o José Pedro.
-É muito difícil!...
Artur regressou a casa, pensativo. Como era habitual, fez a sua leitura, hábito que herdara desde os bancos da escola. A determinada altura, confrontou-se com a seguinte frase: "Quem não se arrisca a uma derrota, jamais alcançará uma vitória".
sábado, 24 de janeiro de 2009
UMA ALDEIA EM FESTA
Finalmente chegara a festa em honra de Santa Apolónia. Na pretérita semana, as ruas foram limpas pelos dois trabalhadores da junta que nestas altura tentam mostrar serviço para justificar a sua necessidade. O Pe. Jorge convidara o Pe. Ramiro. Este era conhecido nas redondezas por fazer chorar as velhas. Os andores, mais uma vez, encontravam-se recheados de notas, resultado das promessas feitas pelo povo em desespero de vida.
Os foguetes matinais sinalizavam o início da festa. O latir dos cães respondiam ao tiroteio. O Alcininho tocava, no alto da torre, "a primeira". o Sr.Bernardino ordenara aos Micas que fosse esperar a banda de Música de Vila Nova.
A manhã era pois sonorizada, visualizando-se, aos poucos, o povo a sair das dos seus lares com as fatiotas novas.
A procissão começava da capela em direcção à igreja onde havia "missa cantada". À frente, seguia a cruz, ladeada pelas duas lanternas. Os homens, à frente, organizados, faziam duas filas. A seguir, vinham os andores. Santo António, santa Teresinha, Sagrado Coração de Jesus e quatros crianças levavam o menino Deus todo vestido de branco.
Os foguetes matinais sinalizavam o início da festa. O latir dos cães respondiam ao tiroteio. O Alcininho tocava, no alto da torre, "a primeira". o Sr.Bernardino ordenara aos Micas que fosse esperar a banda de Música de Vila Nova.
A manhã era pois sonorizada, visualizando-se, aos poucos, o povo a sair das dos seus lares com as fatiotas novas.
A procissão começava da capela em direcção à igreja onde havia "missa cantada". À frente, seguia a cruz, ladeada pelas duas lanternas. Os homens, à frente, organizados, faziam duas filas. A seguir, vinham os andores. Santo António, santa Teresinha, Sagrado Coração de Jesus e quatros crianças levavam o menino Deus todo vestido de branco.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
CANDEIAS, UMA MARCA EM TERRAS DE ALGODRES
Nesta semana, Cristiano Ronaldo foi considerado o melhor jogador do Mundo em 2008. Para além do êxito pessoal, há todo um país (Portugal) e uma região (Madeira) que foram publicitados. Os Portugueses, em especial os madeirenses também partilharam deste êxito e também ficaram a ganhar.
Fazendo o paralelismo para a nossa região, Terras de Algodres, também temos um filho desta terra que se tem destacado no mundo do futebol, tendo já atingido o sonho de jogar num dos grandes, Daniel Candeias. Fruto das camadas jovens da Associação Desportiva de Fornos de Algodres, foi considerado o melhor jogador da 2ª Liga no ano transacto é agora um dos jogadores da equipa sénior do Futebol Clube do Porto. O seu nome já soa nos meios de comunicação social. Associado a ele poder-se-ia também divulgar a nossa terra e todo o seu potencial. Provavelmente, os governantes locais estão cientes disso...Só apostando nas pessoas e nas suas qualidades e potencialidades é que uma terra tem futuro.Numa altura em que se aproxima a Festa/Feira do Queijo da Serra, não seria uma óptima imagem de marca o Jogador Daniel Candeias?
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
O CANTAR DAS JANEIRAS
Dê-me lá a Janeirinha
Se m'a lá poderem dar,
Nós somos de muito longe,
Não podemos cá voltar.
Estas casas são bem altas,
Forradas de papelão,
O dono que mora nelas
É um belo cidadão.
Levante-se lá, ó senhora,
Desse banco de cortiça,
Venha dar-nos a janeira
Ou de carne ou de chouriça.
No passado domingo, na visita que fiz à minha terra natal, verifique que um grupo de jovens tenta manter viva a tradição do "cantar das Janeiras". Liderado pelo Diácono Leão e pela D. Isabel Matos, lá andavam de casa em casa a cantar a janeirinha, neste caso concreto para arranjar alguns fundos para a catequese da paróquia. Estão de parabéns os participantes nesta actividade que não vão deixando morrer a nossa cultura.
Neste dia, em concreto, estava também de parabéns a minha prima Verginia que completava a bonita idade de 90 anos.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
ANO NOVO, VIDA NOVA!
No início de mais um ano, escrevo este artigo desejando um óptimo 2009 a todos aqueles que me têm visitado, através deste espaço. Realço aqueles que de alguma maneira estão ligados às Terras de Algodres, de um modo particular os que sentem a sua terra.
A distância física provoca saudades e ao mesmo tempo desejos, provavelmente alguns utópicos, de ver a terra que nos viu nascer cada vez mais desenvolvida e com uma democracia cada vez mais sadia. A diversidade de opiniões só enriquece uma terra. Assim sendo, o autor deste blog procurará continuar reflectir sobre a sua terra e divulgar tudo o que de bom nela existe sob o ponto de vista cultural, político, social, religioso, etc.
Estará também aberto à participação de quem o desejar, desde que venha por bem. O meu correio electrónico lopesclemente@gmail.com.
Um abraço e, mais uma vez, um òptimo 2009!
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